sábado, 28 de março de 2009

Primeira vaca clonada em Portugal nasce nos Açores

Image Hosted by ImageShack.us

O primeiro bovino clonado em Portugal nasceu na passada terça-feira em Angra do Heroísmo, é fêmea, chama-se Cloneta e está de perfeita saúde disse esta sexta-feira o professor universitário Moreira da Silva.
Em declarações à Agência Lusa, Moreira da Silva disse que «o animal nasceu de um parto prematuro com oito meses quando o normal é nascerem com nove meses de gestação, mas que correu bem».
A Cloneta é fruto de um embrião produzido in vitro nos laboratórios do Grupo de Reprodução Animal do Departamento de Ciências Agrárias - Centro de Investigação e Tecnologia Agrária da Universidade dos Açores (CITA), da Universidade dos Açores.
O processo «foi inovador» no sentido de que «é realizado a partir de uma célula de um embrião com sete dias produzido in vitro», explicou o investigador.
Segundo Moreira da Silva, responsável pelo laboratório e Isabel Carvalhais, doutoranda que acompanhou o processo, o clone foi realizado através do conjunto «citoplasma (interior da célula) e blástomero (célula interior do embrião)».
O embrião levou duas semanas a ser produzido em laboratório, tendo o processo começado no final do mês de Julho do ano passado, e transferido para a vaca receptora no mês de Agosto.
Moreira da Silva e Isabel Carvalhais «têm expectativa» quanto ao período de vida que o clone poderá ter uma vez que «todos os embriões produzidos in vitro são frágeis o que pode levar à morte prematura dos clones», explicaram.
O objectivo do grupo de investigadores que trabalharam nesta clonagem foi «testar e aperfeiçoar a técnica para que o Laboratório de Reprodução Animal não ficasse à margem das técnicas e tecnologias mais actualizadas».
No futuro este trabalho que incluiu também António Nobre, Sofia Pires e Ana Santos, pode ter utilidade na produção de animais de elevados valores genéticos o que pode ser uma mais valia para a região.
Pode, também, ser útil «na recuperação de espécies animais que se encontrem em vias de extinção».
As investigações e os resultados conseguidos pela Universidade dos Açores deverão ter continuidade internacional uma vez que assistiram à sua conclusão Marwa Faheem, egípcia doutoranda em embriologia, e Afrooz Habibi, médica iraniana, doutoranda em anatomia humana.
O projecto foi financiado pelo governo regional e pelo Centro de Investigação e Tecnologia Agrária da Universidade dos Açores (CITA).

fonte: portugal diário