Atento à grave crise pela qual o País atravessa, o Presidente da República adoptou um tom duro no discurso do 10 de Junho, pedindo “realismo” e “seriedade” à classe política e “responsabilidade” à sociedade civil. Perante a situação económica e financeira, Cavaco Silva aproveitou o Dia de Portugal para pedir uma visão estratégica de médio e longo prazo, “alheia a calendários imediatos, que poderiam comprometer o futuro e tornar inúteis os sacrifícios que a hora exige”.
O alerta do Chefe de Estado surge num contexto em que o debate entre Governo e Oposição se faz sobre a legitimidade política para grandes investimentos, apenas a quatro meses das Legislativas. Pensar numa estratégia pós-crise é outra das prioridades do Presidente, anunciada ontem em Santarém, cidade escolhida para acolher as comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.
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