Suíço ganhou pela primeira vez em Roland-Garros. É o sexto tenista da história a conquistar os quatros torneios dos Grand Slam.
A história do ténis mundial passou a ter um nome: Roger Federer. Com 27 anos, depois da sua carreira já ter sido dada como acabada, o suíço confirmou que é o melhor jogador de sempre. Provou-o ontem em Paris.
Federer conquistou o único troféu que lhe faltava, Roland- -Garros e chorou... como um campeão, perante o delírio dos adeptos franceses que durante uma hora e 55 minutos o aplaudiram, como se fosse um tenista da casa. Afinal, há quatro anos consecutivos que Roger Federer tentava ganhar a Taça dos Mosqueteiros. Falhou sempre para Rafael Nadal, mas ontem o seu carrasco espanhol não estava no caminho. E o suíço ganhou praticando um ténis irrepreensível perante o estreante Robin Soderling, que havia eliminado Nadal. O sueco foi incapaz de resistir à força e concentração do suíço e caiu em três sets 6-1, 7-6 (7-1) e 6-4
"É provavelmente a minha maior vitória, a que me retira mais a pressão. Até ao final da minha carreira vou poder jogar tranquilamente e não ouvir mais que nunca vou ganhar Roland-Garros", frisou Federer quando recebeu a Taça das mãos do americano André Agassi.
Com a vitória de ontem, que corresponde ao seu 59.º título, Federer tornou-se o sexto jogador a conquistar os quatro torneios do Grand Slam - Wimbledon, Austrália, Open dos EUA e Roland-Garros - imitando a proeza de Fred Perry, Don Budge, Rod Laver, Roy Emerson e Andre Agassi.
Durante a final, jogada quase sempre sob uma chuva ligeira, Federer praticou um ténis quase perfeito, não dando hipóteses a Soderling, 25.º jogador do mundo, que tinha deixado para trás Nadal, Ferrer, Davydenko e González
Eficaz no serviço (16 ases), cometendo o mínimo de faltas directas, decorridos 13 minutos de jogo, levava uma vantagem de 4--0, com dois breaks de avanço. Nem a entrada de um espectador em campo, que tentou tapar a cabeça ao suíço com a bandeira de Espanha, lhe retirou a concentração. Soderling ainda obrigou ao tie-break no segundo set, mas Federer mostrou toda a sua vontade de vencer e fechou o desempate com 7-1.
Dentro de dias, no final do mês, em Wimbledon, sem pressão, o número dois do mundo vai tentar chegar à marca de Andre Agassi: 60 títulos.
Top 10 Best of Roger Federer
Top 10 Best of Roger Federer(2)
Fonte : DN
